Uma visão nem tanto nova...
Você já parou para olhar a sua casa? Seus móveis? A cidade onde vive? Claro né. Mas, você já olhou com olhos biológicos?
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| Um retrato da urbanização |
Acredito que ao olhar ao seus redores, as pessoas nem sempre entendem o impacto de sua própria existência na natureza. O que hoje é sua morada, seu lar doce lar, antes era um monte de mato. Quando falo isso, imaginam que o fato de hoje ter construções em lugar de mato é um progresso... Digamos que pode até ser, mas não um progresso que ruma para outra conquista, e sim que se encaminha para o desciclo, ao invés do reciclo. Antes de o ser humano expandir sua morada pelo espaço em que vive, haviam florestas. Essas florestas abrigavam muitas espécies de animais. Quando o ser humano adentra no habitat de outro, é claro que o outro terá de encontrar outra morada, mas não num passe de mágica. Já reparou nas baratas que te assustam? Nos mosquitos, abelhas e marimbondos que ameaçam sua significante existência? Já viu algum animal silvestre cruzando a estrada ou até dentro de sua residência? Isso são vestígios das populações que já viveram onde agora se encontra sua casa. E você ainda vai se perguntar o porquê de tantos animais e logo, matá-los.
Ultimamente, na minha cidade, tenho me deparado com grandes construções de novos conjuntos habitacionais. Essas construções estão localizadas em locais que, não muito tempo atrás, eram cobertas por florestas, arbustos e tudo mais... Até onde nossa espécie vai? Será que teremos de atualizar o mundo para se adequar à nossa existência, sendo que isso pode afetar nossa sobrevivência se não feito de forma bem pensada?
Acredito que a reformulação do que chamamos de progresso comece na nossa mente, no nosso conceito. Se pensássemos um pouco em como era nosso habitat antes da construção humana talvez abaixaríamos um pouquinho o nosso ego em ser a espécie reinante. Recicle suas ideias.
Indicação de filme: Os Sem-Floresta
Uma animação que explora, de forma humorada, os aspectos da urbanização, vista pelo lado da natureza e do ser humano. Muito interessante!
